sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cúmplices


Soavam os nosso passos rua acima, rua abaixo…
O tempo feito eternidade…
O espaço inexistente face á nossa presença…
Os becos estreitos e gastos….
Pareciam demasiados largos….
Para esconder a nossa cumplicidade….
Só as mãos se entrelaçavam….
O encontro das bocas era adiado….
Quando soava que o lugar descansava…
O desígnio cumpria-se, sentia-mos o calor…
Só os lábios eram actores…
Adormecidos e extasiados…
Pelo momento que teimava em surgir…
Plenitude era o sentimento…
Mesmo sem sentir os corpos…
Fomos a harmonia dos momentos…
E eles, momentos, foram dàvidas…
Que cumprimos naquele sentimento…
Sublime depositário do nosso desejo…