quinta-feira, 10 de março de 2011

Causas





Saindo a porta,

Virando as costas,

Vultos invadem a penumbra da noite.

O escuro invade o espaço…

Estranha sinfonia que soa na noite,

Espaço do desespero dos foliões…

Dos que procuram a própria procura,

Dos desesperados…

Tempo sem tempo,

Trazido pelos ventos,

Encontram-se os estranhos…

Destapam-se os romances numa qualquer procura,

Reencontram-se os caminhos outrora perdidos…

Afinal voltamos sempre ao mesmo sítio,

A procura nunca é, em vão…

Os sonhos ganham a dimensão da nossa vida

Nunca são demasiados grandes para neles caberem todas as nossas fantasias

Estranho desígnio quando no ser não cabem os sonhos

Tudo se apaga no renascer,

E preciso cumprir os sonhos…

E preciso cumprir a vida, reescrever uma qualquer história,

E todas as formas intactas do desespero ganham contornos,

Tudo se uniformiza na selecção dos poetas,

Afinal a historia parece já contada vezes sem conta…

Mas o fascínio continua intacto,

Quando descubro a saída do labirinto…

Tenho que descarregar o peso do meu desespero…

Emanam gritos, para soarem aos ouvidos dos que não são poetas.

Caminho entre palavras surdas ao apelo,

Cavalgo nos poemas, sulcando os caminhos destinados,

A mim, a todos!