sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Beija o beijo!

Os lábios, aproximaram-se da face rubra...perguntaram, dança...a boca aproximou-se timidamente, no outro lado os lábios aveludados impregnados de vontade incontida dirigiram-se também eles á face .
Iniciou-se um bailado de beijos ao som das ondas que vinham de um mar mais agitado que o costume…no salão da face completavam-se beijos de bocas de veludo, numa dança de vontades, a pele ocupava um espaço por entre lábios…escorregam as faces agora num passo mais vigoroso…de tanto vigor na ternura se desfaz e se faz, por encanto, um bailado de afectos…premonição de algo maior entre bailados encontram-se as bocas…tudo se desmorona por entre emoções e sensações não convidadas para um baile, quase de gala, composto por ósculos que de ternura e afectos se fazem…transforma-se a sala das faces numa dança de beijos agora com as bocas coladas num dançar lento, infindável cuja música ecoa para além de qualquer som que se pudesse ouvir na cúmplice permanência
Sem tempo e em todo o espaço se cumpriu a dança…prossegue o andamento… na dúvida segue-se mais uma dança de beijos…agora mais soltas as faces , os lábios de veludo e cetim escorregam pela face…até sentir o corpo…agora os corpos transformados em face prolongada só param perante o êxtase do momento…após o sol, a lua… até á aurora continuou o bailado, dançamos…perguntou…sim, porque não , respondeu de forma doce com a ternura das faces.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Occasus




No crepúsculo, no lusco- fusco,
Na imensidão do ocaso…
O mar permanece impenetrável.
Submergia nas suas águas o sol que se punha…
Cobria-se de uma cor escura,
Brilhavam por entre as suas ondas raios de luz…
A lua invadia agora o espaço onde o sol tinha sido rei e senhor,
No eliciar anunciado, dava-se a transmutação…
O que parecia antagónico,
Era a mais perfeita das fusões…
Ciclo eterno de vida, representa a regeneração…
Aproxima-se a aurora, agora o espaço é do sol,
Completa-se o ciclo…
Nunca se desencontram,
Estão ambos sempre em harmonia…
Só o sol e lua se completam no acaso, no ocassus !