sábado, 12 de junho de 2010

Mar sentido(s)


Caminhar com o mar por companhia, estende-se o areal…os pescadores lançam as redes

No horizonte o sol começa o rumo ao ocaso

As gaivotas cobrem o areal

Apetece-me gritar…gritar o nome…….

Pedir ao mar que me devolva as confissões que lhe fiz…..

Trazer-me as certezas que não tenho……..

Levantam voo as gaivotas…rodeiam-me …

Procuro o(s) sentido(s)…grito para o mar… as gaivotas levantam á minha passagem criando uma onda.

Olho o mar e as ondas chamam-me… dizem-me foi aqui que criaste a certeza, volta , vem fazer-me companhia… já o sol se escondeu no horizonte.

O céu vermelho esconde as lágrimas dos malditos…já não sou eu …sou o vagabundo daquilo que fui.

Um dia se voltar ……serei uma escassa memória num canto onde se escondem as coisas que não se confessam.

Sonho agora que os rios desaguam nos mares…procuro o(s) sentido(s)…..gritar o nome através dos bandos das gaivotas…..ninguém o vai ouvir a não ser tu, mas isso, porque te leva o som abafado da minha
alma….que só no mar faz sentido e na tua ecoa!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A dor das palavras

Hoje trazendo para ti as flores de um jardim que imaginámos

todo o jasmim me parece pouco...

As palavras doem-me, fazem o som do vento

naquele recanto de um mundo...

Compusestes as flores de forma harmoniosa

colocastes plantas, foste uma flor...

Imaginei-me principe, diante de ti como princesa

pintámos o mundo de todas cores,

nunca impusémos limites à imaginação...

Na imensidão do jardim imaginado nos perdemos

encontravámo-nos por entre flores e plantas,

só as palavras me doem agora

não as imagino sem ti...

Na penumbra das noites mais longas

percebi o quanto fazia frio...

De andar torpe, calcorreio os caminhos percorridos

por entre pedras e sons de asfalto,

percorro as veredas da vida

agora sem rumo , colocado ao acaso,

sinto a dor das palavras que não te digo...