sábado, 22 de maio de 2010

Afecto...afectus...



No silêncio de uma qualquer espera, reinvento-me na palavra que busca o sentido dos afectos..mais que a troca dos mesmos , existe o dever de os sentir.

No sorriso que abraça senti o calor que não se esfuma por entre os braços...apertados os corpos faziam a demora do apartar...doce sensação esta da descoberta dum abstracto sentido...parábolas trocadas, metáforas invocadas tudo servia para agarrar o tempo.

Menina sonhadora, repara como corre lirica a palavra que amadurece na descoberta do sentido...sonha, continua a sonhar para lá do horizonte do mar, não haverá infinito, surgirá uma espera do continuado caminho...

Menino do capricho descoberto por entre um mimo, fugido de um pequeno afecto...deleitou-se perante a
oferenda..suspiros incontidos... deitada a cabeça na sensibilidade ostensiva por tão generosa..

Como tudo se compõe..instrumentos inventados, orquestras que tocam para o abismo...generosos os músicos mostram-se inacansáveis, não amanhece..a aurora tarda...o ocaso permanece para além do tempo...o sol está quente,nos olhos escondidos as crianças sonhadoras trocam olhares imaginados...na essência de cada um existe uma verdade, a verdade que não e deles, existe aquela construída no caminho que se pretende percorrer...

Será que é possivél amar o infinito, infinitamente, pergunta a criança lirica...na genuidade da pergunta percorreram-se quase todos os caminhos...a encruzilhada trouxe uma nova era...aquela que permite ir sem sair do mesmo local, sem escolha...instintivamente sentindo os afectos partilhados!