sábado, 25 de dezembro de 2010

Nuvens





A lua rasga as nuvens,
Sem se exaurir olha-me impávida e serena…
De repente o brilho incide num espelho de água.
Acto mágico surge o reflexo que me encandeia…
Por entre o tempo que passa e aquele que não passa, esconde-se,
Ali sem tempo, permanece imóvel…
Removendo as nuvens, surge a espaços…
Escondida, exposta…absoluta na sua generosidade…
Domina todo o céu…as nuvens rasgadas pelo seu brilho,
Desfilam assustadas como se fugissem,
Das intempéries de Neptuno…
Tranquilo, miro-a por todo o seu esplendor,
Desejo fazer-me astronauta e nela encontrar um lugar…
Sem gravidade por lá ficar…sem receio que me afaste,
No seu colo acolher-me…
Sinto a lua a beijar-me o rosto com a sua luz,
Entre mim e a lua há um pacto,
Ela transmite-me a luz…eu acarinho-a…

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